Todos os finais de semana, aqui no brógue da hora!!!

.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Jerry Garcia!! Mestre da contra cultura e um dos pais da vida alternativa!!!

Dae Cambadinha!!!
Hoje vamos abrir mais um marcador aqui no brógue: Lendas do Rock. Mas não pensem que neste marcador vamos colocar Mick Jagger, Chuck Berry, Bruce Dickinson, Bon Scott e cia ltda.
Vamos colocar só a rapaziada que fez acontecer no mundo do Rock n Roll, mas não é tão reconhecido assim por entre esta tribo!!!
Vamos começar então com um véio, barbudo que tocava de pijama, o tal do Jerry Garcia.
Você conhece o Jerry Garcia?..Diz a Lenda que de músico, virou drogado e de drogado virou um dos mais importantes traficantes de cocaína e maconha dos EUA. Enfim, lendas são lendas!!!
Jerome John Garcia nasceu em 1942 em San Francisco, filho de um imigrante espanhol, que morreu quando ele era bem moleque e de uma dona de boteco de marinheiros. Desde muito cedo participava do circuito folk local junto com seus amigos ancestrais Bob Weir e Pigpen, até se envolver com a literatura beat na figura do poeta Lawrence Ferlinguetti, e resolver eletrificar os Warlocks depois de ver os Beatles no Ed Sullivan e o famoso barraco elétrico de Bob Dylan no tradicional festival folk de Newport. Daí em diante se tornaram uma banda de rock com grande influência folk e ganharam um hábito de improvisar intermináveis temas característicos dos grupos de jazz tão caros aos beats.

Nesta época estava se iniciando as experiências monitoradas com o LSD no Veterans Hospital perto da universidade de Stanford. Foi lá que esta turma conheceu Robert Hunter (principal letrista do Dead) e o escritor Ken Kesey ("Um estranho no ninho"), que estavam literalmente caindo de boca no escancaramento de todas as portas da percepção. Isto teve uma importância mais que fundamental na formação da consciência, no som e em toda a maneira de ver a vida do que viria a ser o Grateful Dead.
Muitas experiências do grupo eram os chamados acid tests que nada mais eram que enormes festas, muitas vezes ao ar livre (tem gente que pensa que rave é novidade), onde em meio à projeção de slides psicodélicos, luzes estroboscópicas e ácido gratuito o Grateful Dead tocava horas e horas sem parar, improvisando direto e formatando sua identidade sonora futura no meio daquela doideira generalizada. Muitas destas intermináveis sessões de improviso abriram caminho pra coisas posteriores como, por exemplo, os Allman Brothers e outros grupos chegados a uma estrutura jazzística.

O nome surgiu duma destas viagens em Haight-Ashbury quando todo mundo estava alopradão como de costume resolveu abrir um dicionário e Garcia viu cabalísticamente esta palavra escrita brilhando em algum lugar. Daí foi um tal de é isso, maneiro e só... que não precisa ter estado lá pra imaginar...

Musicalmente o Grateful Dead sempre foi uma banda bastante interessante, muito melhor ao vivo e Jerry Garcia sempre foi um guitarrista inconfundível com seus solos viajantes e seu vocal característico, sempre entremeado com o ótimo Bob Weir. Seus melhores discos são os registros de seus shows, verdadeira celebração com a malucada e o clássico Live Dead é coisa muito séria. Outro trabalho realmente importante na carreira de Jerry, foi o Festival Express, onde a idéia principal era atravessar o Canadá dentro de um trem! Nas paradas que o Trem faria, a estrutura era montada e os artístas se apresentavam!!! Nessa bagunça, Jerry Garcia foi o cabeça do trabalho, apresentando muitas outras bandas e artístas como Buddy Guy, Janis Joplin, The Band, o próprio Grateful Dead entre vários outros mestres daquela época!!!
Com uma vida exagerada, no meio dos 80 Jerry Garcia se viu terrivelmente viciado em Heroína e Cocaína e começou uma interminável sucessão de internações, que acabaram por levá-lo a morte, assim como de três de seus tecladistas: Pigpen (73), Keith Godcheaux (80) e Brent Mydland (90).
Pra quem já viu um vídeo ou filme deles sabe do que falo. Eram os "anti-super-stars". Garcia tocava sempre com um jeans surrado e uma camiseta destas de ficar em casa, meio gorducho e barbudão, uma espécie de Papai Noel hippie meio parado mandando uns solos intermináveis na guitarra. Resumindo, uma figura muito simpática.

Nenhum comentário: